Ao som de “The Power of Love” e de sobretudo castanho, Céline Dion subiu ao palco dos Grammy para entregar o último prémio da noite, na categoria de Álbum do Ano. Taylor Swift recebeu o galardão pelas mãos da artista. Uma cerimónia que teve lugar na noite deste domingo, 4 de fevereiro, na Crypto.com Arena em Los Angeles, Estados Unidos.
A comparência da cantora num ato público foi inesperado e de enorme raridade, uma vez que tem estado recolhida e em recuperação da doença Síndrome de Pessoa Rígida.
“Obrigada a todos, também vos amo. Quando digo que estou feliz por estar aqui, estou a falar a sério, de coração“, disse a cantora de “My Heart Will Go On”.
A cantora enfrenta há dois anos uma doença incapacitante que, segundo os relatos da irmã, tem vindo a deteriorar-se. A meio de dezembro último, a irmã da cantora, Claudette Dion, afirmou ao site canadiano 7 Jours que a intérprete “não tem controlo sobre os músculos”. E que, apesar de “trabalhar muito” na recuperação, o regresso aos espetáculos permanece incerto. “Nos nossos sonhos e nos dela, a ideia é voltar aos palcos. Em que estado? Não sei”, afirmou Claudette Dion.
Recorde-se que a Síndrome de Pessoa Rígida, que impede o uso das cordas vocais, leva a uma rigidez progressiva, principalmente na zona das ancas e extremidades, e provoca espasmos.
Em dezembro de 2022, a cantora, que cancelou a tournée europeia, explicou, numa mensagem em francês e inglês nas suas redes sociais, que, “infelizmente, esses espasmos afetam todos os aspetos da vida diária”. E detalhou: “Às vezes causam dificuldades quando ando e não me permitem usar minhas cordas vocais para cantar da maneira que estou habituada”.