PAN quer acabar com o IVA em todos os produtos menstruais

[Fotografia: pexels/Karolina Gabrowska]

Esta é uma das medidas que o Partido Pessoas-Animais-Natureza apresenta à Assembleia da República e no âmbito de um pacote legislativo mais vasto para responder a matérias que visam especialmente as mulheres. Ora, segundo o projeto de lei, o partido da deputada única Inês Sousa Real “propõe a aplicação de isenção de IVA aos produtos de higiene menstrual, pondo-se deste modo fim à chamada tampon tax”, refere.

A proposta, lê-se, considera que ao tomar uma medida desta natureza é prosseguido “o caminho de aplicação de isenção de IVA ou de IVA Zero aos produtos de higiene menstrual seguido em países como o Reino Unido, a Escócia, o Canadá, a África do Sul, a Colômbia, o Equador e o México”. Uma medida que, acrescenta, “quer também assegurar que se cumpre plenamente na ordem jurídica nacional a recomendação do Parlamento Europeu, constante da Resolução sobre a igualdade de género e as políticas fiscais na UE (2018/2095(INI)), de 15 de Janeiro de 2019, que “exorta todos os Estados-Membros a eliminarem o chamado «imposto sobre os tampões», recorrendo à flexibilidade introduzida na Diretiva «IVA» e aplicando isenções ou taxas de IVA de 0 % a estes bens essenciais”.

Recorde-se que, atualmente nos 23%, a taxa de IVA aplicada aos produtos menstruais previa-se baixar aos 6% em abril de 2022, tal como já sucedia à data com os copos menstruais desde 2016. A proposta foi apresentada pelo então deputado único do Livre, Rui Tavares, no âmbito do Orçamento do Estado 2022 e terá sido aceite pelo PS e pelo Governo. Nesse mesmo ano e a propósito do 25 de Abril, à Delas.pt, o PS, o Livre e o PAN reiteraram querer legislar no sentido de erradicar a pobreza menstrual, ainda que com propostas diferentes entre si.

Na ocasião, os socialistas enumeravam a medida, o PAN avançava que tinha a intenção de apresentar a proposta em maio. Nela, a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, propunha entrega gratuita de produtos de higiene menstrual a população carenciada e, se possível, reutilizáveis.

E se o PAN aponta, neste novo clausulado que apresenta, um custo médio mensal de mais de nove euros num país em que tantas famílias vivem situações económicas limite, um estudo português de fevereiro deste ano indicava que a falta de dinheiro para comprar produtos de higiene menstrual estava a levar a que uma em cada dez raparigas portuguesas dos 18 aos 24 anos faltasse às aulas por não ter como fazer face à menstruação. Quase 1/4 admitia já ter recorrido a outras soluções como um segundo par de cuecas, algodão, roupa velha ou meias.

“‘Envergonhada’, ‘triste’, ‘mal’, ‘suja’, ‘vulnerável’, ‘nojenta’, ‘desconfortável’, ‘inútil’, ‘diferente’, foram algumas das palavras utilizadas pelas raparigas para descrever como se sentiram por faltar às aulas por não poderem comprar produtos menstruais (18% optou por não responder). Para justificar a ausência, mais de metade utilizou a ‘desculpa’ de estar doente e só 9,8% disse a verdade”, lê-se no documento.

Uma realidade que chegava agravada e da qual já havia ecos claros em maio do ano passado, quando um estudo semelhante feito em Portugal e junto de universitárias dava conta de que uma em cada dez estudantes sentia dificuldades financeiras para adquirir produtos de higiene menstrual, fator que já condicionou a frequência com que trocam de produto menstrual durante os dias de período. De acordo com a análise, ”cinco em cada dez revelavamm saber que gasta mais de 5 euros por mês em produtos de higiene menstrual”, lê-se no comunicado emitido pela marca que elaborou o estudo, a Intimina.

A peça essencial que não perder nestes dias e que fica bem com tudo. Saiba qual

[Fotografia: pexels/Cottonbro]

Chuva em abril não deve causar espanto. Nem espanto, nem medo, afinal já não é tão fria como a do inverno e permite ter menos camadas de roupa. O uso de uma gabardina para proteger dos pingos mais persistentes torna-se essencial nesta época do ano.

Contudo, versáteis como são, podem agora ser conjugadas com vestidos florais mais esvoaçantes, gangas e materiais mais leves e ficam bem com tudo: saias, calças, calções, ténis, botas, camisas tops, transparências ou opacos.

As gabardines são peças absolutamente transversais e, em algodão ou tecido ligeiramente mais técnico, vão permitir fazer um figurão quando não se sabe o que se vestir. Na dúvida, este tipo de agasalho!

Deixamos sugestões para todos os tamanhos e carteiras para se inspirar, mas com uma certeza: para todas as ocasiões.

 

Camisa Oversize Gabardina com Zip, Zara, 29.95€

Canadiana Básica Curta, Tintoretto, El Corte Inglés, 99.99€

Casaco com aparência de gabardina, H&M, 39.99€

Casaco gabardina assertoado, Primark, 38€

Coat, C&A, 69.99€

Cropped Jacket Clockhouse, C&A, 39.99€

Gabardina clássica cinto, Zara, 59.95€

Gabardina com abotoadura dupla, Mango, 79.99€

Gabardina comprida de 100% algodão, Mango x Victoria Beckham, 250€

Gabardina curta Paula Echevarría, 49.99€

Gabardina curta Paula Echevarría, Primark, 28€

Gabardina Trench curta combinada, Zara, 49.95€

Parka com Alamares, Capuz e em Algodão, Lloyd’s, El Corte Inglés, 140€

Comissão Europeia ‘aperta’ medidas e regras à Shein

[Fotografia: Kaip]

A Comissão Europeia acrescentou esta sexta-feira, 26 de abril, a aplicação de venda de pronto-a-vestir Shein, com 45 milhões de utilizadores mensais na União Europeia (UE), à lista das muito grandes plataformas em linha, no quadro da diretiva dos serviços digitais.

Com esta medida, a aplicação Shein, criada na China em 2012, torna-se a 23.ª plataforma, juntando-se à X, Google, Facebook e TikTok, entre outras, passando a ter de cumprir regras mais apertadas a partir de agosto, quando perfazem quatro meses da decisão, para a proteção dos consumidores, nomeadamente os menores de idade, contra conteúdos ilegais, segundo um comunicado do executivo comunitário.

A plataforma tem de cumprir, nomeadamente, com a obrigação de adotar medidas específicas para capacitar e proteger os utilizadores em linha e de avaliar e atenuar devidamente quaisquer riscos sistémicos decorrentes dos seus serviços.

A Comissão irá supervisionar a conformidade da Shein à diretiva dos serviços digitais, com a colaboração do regulador dos média irlandês Coimisiún na Méan, um dos quatro com quem Bruxelas já celebrou acordos.

Alejandra Rodriguez tem 60 anos e foi eleita miss Universo Buenos Aires

[Fotografia: Instagram/Alejandra Rodriguez]

“Estamos a inaugurar uma nova fase em que as mulheres não se resumem apenas à sua beleza física, mas a um outro conjunto de valores. É muito importante o que está a acontecer”, revelou Alejandra Rodriguez em entrevista ao canal argentino El Trece.

A jornalista e advogada numa unidade hospital a foi coroada Miss Universo Buenos Aires aos 60 anos e vai representar aquela província nacional do país que engloba a capital, concorrendo a 25 de maio contra mulheres de outras zonas do país, até haver uma escolha nacional para levar à Miss Universo 2024, que vai ter lugar no México.

Alejandra Rodriguez  Miss Universe Buenos Aires
[Fotografia: Instagram/Alejandra Rodriguez]
Recorde-se que o certame aboliu, no ano passado, qualquer limite de idade para as mulheres que participassem, permitindo a Alejandra Rodriguez tentar a sua sorte.

Sobre os cuidados que tem, a miss revelou que toma os cuidados básicos como cumpri uma vida saudável, comer bem e fazer atividade física. “E um pouco de genética, claro”, afirmou.

“Faço jejum intermitente para que o corpo se possa desintoxicar a si mesmo. Isto ajuda muito. Tento comer produtos orgânicos, muita fruta e vegetais, e usar bons cremes”, revelou.

Raparigas de 15 anos igualam ou superam os rapazes no tabaco, álcool e cigarros eletrónicos

[Fotografia: Pexels/Karel AC]

O álcool é a substância mais consumida entre os jovens: 57% dos adolescentes de 15 anos já experimentaram e 37% consumiram no último mês, enquanto um em cada 10 admite ter-se embriagado pelo menos duas vezes na vida, um percentual que vai de 5% aos 13 anos para “alarmantes” 15% aos 15 anos.

“Estas descobertas destacam o quão normalizado e disponível está o álcool, mostrando a necessidade urgente de melhores medidas para proteger as crianças e os jovens dos danos causados” por este consumo, afirma a OMS-Europa, que abrange 57 países, incluindo a Rússia e várias antigas repúblicas soviéticas.

O estudo destaca que os cigarros eletrónicos ultrapassaram os cigarros convencionais em popularidade: 32% dos jovens de 15 anos usaram-nos em algum momento e 20% usaram-nos nos últimos 30 dias, números que descem para 25% e 15%, respetivamente, nos cigarros convencionais.

Esta tendência é sobretudo observada a partir dos 13 anos: enquanto 11% já fumaram alguma vez e 5% fumaram no último mês, no caso dos cigarros eletrónicos a percentagem aumenta para 16% e 9%, respetivamente.

A OMS alerta que esta “transição” para os cigarros eletrónicos como escolha mais popular exige ações específicas, incluindo a sua aparição em videojogos, programas de entretenimento e outros conteúdos para jovens através de plataformas multimédia.

O relatório também confirma que a disparidade de género no consumo de substâncias foi reduzida “rapidamente” e que as raparigas de 15 anos igualam ou superam os rapazes no tabaco, álcool e cigarros eletrónicos.

O consumo de cannabis, no entanto, apresenta uma ligeira diminuição: a percentagem de jovens de 15 que a experimentaram caiu de 14 para 12%, entre 2018 e 2022.

Restauradora e ceramista concebeu 50 azulejos para os 50 anos do 25 de Abril

[Fotografia: Divulgação/Tardoz]

Os 50 anos do 25 de Abril, assinalados esta quinta-feira, mereciam, para a artista e restauradora de azulejos Isabel Colher, de 55 anos, um olhar especial.

Durante dois anos amadureceu a ideia e, à medida que o tempo foi passando, nasceram 50 andorinhas em peças de azulejo numa edição comemorativa limitada desta data que assinala o Portugal em Liberdade.

Isabel Colher, ceramista e restauradora de azulejos na sua oficina, Tardoz [Fotografia: Divulgação/Isabel Colher]

A procura foi imediata, nacional e internacionalmente, e em dia de liberdade estas 50 peças de arte numeradas e assinadas estão já esgotadas.

“A ideia de fazer esta coleção surgiu em 2022, por me parecer importante assinalar esta data e também por ter vontade de fazer trabalho de autor e teve logo à partida o pressuposto de ser uma edição limitada: 50 anos, 50 peças”, revela à Delas.pt Isabel Colher, formada em Cerâmica na António Arroio e com curso de Conservação e Restauro de Azulejos, pelo Museu Nacional do Azulejo. Desde 1993 tem oficina própria e tem trabalhado como independente.

A escolha do desenho foi, refere, demorada. “O processo de criação foi longo, não só conceptual, mas também técnico – o resultado é uma evolução natural de uma série de opções falhadas que foram abandonadas”, refere, explicando agora que a escolha da “andorinha é inspirada nas ilustrações dos anos 50” e emerge como “um símbolo da cultura portuguesa e, tal como o 25 de Abril, anuncia a chegada da Primavera”.

[Fotografia: Divulgação/Isabel Colher]
[Fotografia: Divulgação/Isabel Colher]
[Fotografia: Divulgação/Isabel Colher]
Isabel Colher, ceramista e restauradora de azulejos na sua oficina, Tardoz [Fotografia: Divulgação/Isabel Colher]

As peças quadradas têm uma dimensão de 16 centímetros, são feitas em barro refratário vidrado e são, no seu todo 50 peças numeradas e assinada para assinalar os 50 anos, descreve a autora que, desde 2015, se dedica “exclusivamente à manufatura de réplicas de azulejos, com várias técnicas diferentes , para monumentos e edifícios, no interior e exterior”.

Quantas mulheres foram aumentadas um ano após terem sido mães? BE pede revisão da lei

[Fotografia: Pexels/Lucas Mendes]

Mais e melhores estatísticas para apurar a igualdade remuneratória entre mulheres e homens é um dos objetivos do projeto de lei apresentado esta quarta-feira, 24 de abril, pelo Bloco de Esquerda e que quer rever a lei da Promoção da Igualdade Remuneratória de Género.

Entre as alterações propostas, o partido coordenado por Mariana Mortágua, pede para que as “entidades empregadoras com 50 ou mais trabalhadores fornecem ao serviço do ministério responsável pela área laboral competente “a percentagem de trabalhadoras que beneficiaram de aumento no ano do regresso da licença de maternidade, caso tenham ocorrido aumentos durante o período de gozo da licença”.

O grupo parlamentar quer que “a disparidade salarial entre mulheres e homens seja calculada a partir da remuneração média das mulheres em relação à dos homens, por faixa etária e por categoria de cargos equivalentes”.

O BE pede ainda para que fique clara a “ diferença na taxa de aumento salarial individual entre mulheres e homens, no caso das empresas entre 50 e 250 trabalhadores, ou a diferença nas taxas de aumentos salariais individuais que não correspondem a promoções entre mulheres e homens, no caso das empresas com mais de 250 trabalhadores”, “a disparidade nas taxas de promoção entre mulheres e homens, no caso das empresas com mais de 250 trabalhadores” e “o número de trabalhadores registados com o sexo sub-representado entre os dez trabalhadores que receberam a remuneração mais elevada”.

No diploma submetido à Assembleia da República, o Bloco de Esquerda quer penas mais pesadas para empresas que incumpram e pede “reforço da transparência remuneratória e do regime sancionatório da negação de informação”, “criação da ação para a igualdade salarial, em vez de meros planos de avaliação”, “ajustamento dos prazos, para que as entidades empregadoras tenham que agir no prazo máximo de 12 meses a contar da data da notificação”, “criação de uma ferramenta eletrónica para o cálculo da disparidade remuneratória de género” e a “obrigatoriedade da criação de planos de ação para a igualdade salarial por parte do setor empresarial do Estado”

Mónica Jorge: “O treino de futebol não está ainda preparado para o feminino”

Mónica Jorge [Fotografia: Álvaro Isidoro / Global Imagens]

A diretora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para o futebol feminino, Mónica Jorge, defendeu a necessidade de promover um ensino académico de treino que englobe as diferentes características fisiológicas e mentais da mulher.

“O treino não está ainda preparado para o feminino. A fisiologia e a parte emocional da mulher são diferentes. Trabalhar com 23 mulheres no balneário é muito diferente. É preciso preparar um treino adequado ao papel da mulher. Podemos ter as mesmas formas de trabalhar e evoluir, mas o treino para a mulher tem de ser da mulher e feito pela mulher. É preciso olhar para elas de uma forma diferenciada”, apelou a dirigente.

Na conferência A importância da academia na formação e sucesso de treinadores de futebol em Portugal, organizada pela Universidade Lusófona, Mónica Jorge entende que há homens com capacidade para liderar uma equipa de mulheres e há mulheres sem esse perfil, e o contrário idem, com mulheres a poder treinar equipas masculinas.

Com entrada na federação em 2001, então ainda como treinadora-adjunta da seleção, Mónica Jorge apontou “23 anos de muita aprendizagem e capacidade de adaptação”, assumindo o cargo principal entre 2007 e 2011, antes de dar o lugar a Francisco Neto.

“Quando entrei, era uma equipa acostumada a perder, com goleadas. Transformou-se isto e batemos recordes, subimos no ranking mundial e criámos uma equipa capaz de dar nas vistas e ser uma referência no futebol feminino em Portugal. Nem treinador de guarda-redes tinha. Com jogadoras lusodescendentes e muita procura, lá conseguimos começar a ganhar jogos e ir a programas de televisão. Houve um presidente que teve a audácia de convidar uma mulher para diretora executiva da FPF”, recordou também.

LUSA

Liberdade de expressão e redes sociais. Este vestido de Constança Entrudo chegou a ser bloqueado “umas 60 ou 70 vezes”

[Fotografia: Montagem/Divulgação/Constança Entrudo]

Os mamilos visíveis tomaram de assalto as passerelles mundiais para as coleções de verão, trazendo para o público as imagens que a moda mostrava. Estará este setor a obrigar as redes sociais a aceitarem o corpo e a não censurarem parte dele?

Para a designer portuguesa Constança Entrudo, a moda mantém-se fiel à sua marca: “a ser resiliente”, a “puxar os limites da internet” e a tentar encontrar o seu espaço. “No fundo a moda está a ajudara no geral, as redes sociais, a mulher é dona do seu próprio corpo e livre de se expressar”, acrescenta o estilista Luís Carvalho. Por isso, é claro para este designer que se uma mulher quer mostrar os mamilos, fá-lo quando quer e lhe apetece, e esta questão das transparências pode ajudar”, acrescenta.

Porém, nem sempre foi assim, e que o diga Constança Entrudo, que batalhou, entre o choque e o espanto, por conseguir fazer passar por entre os densos mistérios algorítmicos um vestido que, não mostrando nada do corpo da mulher, não passava nas redes sociais.

Com a célebre peça trompe l’oeil (ilusão ótica, em tradução livre), Constança Entrudo travou uma verdadeira luta pela liberdade de expressão. “O propósito do vestido era desconstruir essa ideia de que não há nada para tapar porque já está tapado”, recorda.

“Agora estamos a promover menos o vestido e a vender menos, mas quando o lançámos, éramos bloqueados todos os dias. Chegaram a ser 60 a 70 vezes quer por pessoas que denunciavam a peça ao Instagram, que até pelo próprio Instagram”, recorda a designer, que confidencia: “ E havia muito hate (ódio), comentários bastante chocantes, foi chocante mesmo para mim”.

Constança Entrudo
[Fotografia: Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens]
Atualmente, Constança Entrudo que não vê nesta nova tendência da nudez nada nunca antes visto. “Diria que este movimento já vem dos anos 90 do século passado, mas é engraçado ver esta moda de agora das transparências, não é nova, o que trouxe foi a ideia do corpo nu”, refere.

“A existência dos naked dress (vestidos nus) e de se expor o corpo dessa forma é quase uma evolução”, considera Luís Carvalho.

[Fotografia: Luís Carvalho]
“No fundo, quando uma mulher decide usar uma parte de cima que mostre os mamilos faz um statement, os mamilos são meus e mostro como quiser, quando quiser”, acrescenta.

Artista Tita Maravilha é prémio revelação Teatro D.Maria II

Tita Maravilha [Fotografia: Instagram/Tita Maravilha]

A artista multidisciplinar brasileira Tita Maravilha, “que tem agitado águas no panorama performativo português”, venceu o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, foi hoje revelado.

O anúncio foi feito no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, antes do espetáculo Quis saber quem sou – Um concerto teatral, de Pedro Penim.

Com um valor de 5.000 euros, o Prémio Revelação é atribuído a uma pessoa ligada ao teatro português, que tenha até 30 anos e cujo trabalho artístico se tenha destacado no ano anterior, neste caso, 2023.

O júri desta quinta edição decidiu distinguir Tita Maravilha, atriz, encenadora, programadora brasileira, radicada em Portugal desde 2018 e que nos anos seguintes assinou obras como “Trypas Corassão: Espetáculo em Dois Atos” (2020), “Tita no País das Maravilhas” (2021) e “As Três Irmãs” (2022).

Em nota de imprensa, o presidente do conselho de administração do D. Maria II, Rui Catarino, afirmou que Tita Maravilha “tem agitado águas no panorama performativo português e simboliza a qualidade, diversidade e efervescência do teatro que se faz em Portugal”.

Em 2022, Tita Maravilha já tinha conquistado também a Bolsa Amélia Rey Colaço, da qual o teatro nacional é um dos promotores, para o projeto “As Três Irmãs”, a sua primeira obra em nome individual.

O júri deste ano do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II foi constituído por Álvaro Correia, António Durães, Catarina Barros, Cucha Carvalheiro, Cristina Carvalhal, Isabel Zuaá, John Romão, Mário Coelho, Marta Carreiras, Patrícia Portela, Pedro Barreiro, Pedro Mendes, Rui Pina Coelho, Sara Barros Leitão e Tónan Quito.

O prémio tem sido atribuído anualmente desde 2020, tendo já reconhecido o trabalho de Sara Barros Leitão, Mário Coelho, Cárin Geada e Pedro Azevedo.

 

LUSA